Um pouquinho de história mostrando a “visão” do dinheiro entre Cristãos e Judeus
Os primeiros discípulos de Jesus são judeus praticantes. Seguem a liturgia Judaica e respeitam a Torá. Tendo reconhecido o Messias em Jesus, esperam convencer os outros judeus a aderirem na expectativa do retorno do Salvador.
Em contrapartida, os judeus declaram heréticos os cristãos e os excluem das comunidades e das redes comerciais. Tanto judeus quanto cristãos acreditam nas virtudes da caridade, da justiça e da oferenda. No entanto, começam as diferenças entre as duas doutrinas econômicas:
Para os judeus (J), é desejável ser rico.
Para os cristãos (C), é recomendável ser pobre.
J - É um meio de melhor servir a Deus.
C - A riqueza é nociva à salvação.
J - O dinheiro pode ser um instrumento do bem.
C - Os efeitos da riqueza são sempre desastrosos.
J - Todos podem usufruir do dinheiro bem ganho.
C - Ele não deve ser acumulado nas mãos.
J - Morrer rico é uma benção, desde que o dinheiro tenha sido adquirido com moralidade e que a pessoa tenha cumprido todos os seus deveres para com os pobres da comunidade.
C - Morrer pobre é uma condição necessária à salvação.
J - Extrair juros do dinheiro não é imoral. O dinheiro, assim como o gado, é uma riqueza fértil, o tempo é um espaço a ser valorizado.
C - O dinheiro, tanto quanto o tempo, não produz riqueza por si mesmo: é estéril. Por isso, fazer comércio de dinheiro é um pecado mortal.
Os empréstimos entre judeus continuam sem juros; mas os mercadores inventam incessantemente novas técnicas, dividindo os riscos e os lucros. O comércio internacional se desenvolve e necessita de crédito. De Constantinopla ao Cairo, de Babilônia a Isfahan, de Alexandria a Fez, dispondo das melhores redes de informação da época, os judeus se mantém, ao lado dos gregos, como os financistas da economia internacional.
Para alguns que não compartilham a mesma visão, gostaria de informar que não sou adorador de Mamom o “deus do dinheiro”, sou cristão e tenho a visão um pouco diferente dos meus “irmãos” sobre essa questão, pois já venho estudando há muito tempo sobre educação financeira.
Então, ficar rico, não é um sinal de favor divino, mas de um dever divino, e o rico adquire apenas o privilégio de poder tornar-se útil, de poder ajudar os outros.

Referência: As personalidades do dinheiro / Como lidar com o dinheiro de acordo com o seu estilo pessoal / Glória Maria Garcia Pereira, Editora Campus.